sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Pelo nome do colégio,sabe-se sua inteligência no Japão!?

  Ao caro leitor

  Em qual colégio você estuda ou estudou?

  Você responderia à essa pergunta sem problema,ne?

  No entanto,alguns pais ou mães japoneses que têm filhos nos colégios podem hesitar em respondê-la.

  Sabe porquê?

  Porque o nome do colégio indica a inteligência ou a burrice do seu filho ou da sua filha.Ou seja, é um assunto muito delicado principalmente para os pais que têm filhos que frequentam os colégios ruins.

  Diferente da situação no Brasil, há vestibular para entrar no colégio (高校入試) no Japão.

  Quem não consegiu se classificar neste vestibular fica "desempregado" e a sociedade japonesa não deixa um jovem de 15 anos não fazer nada.

  O jovem reprovado no vestibular pode até arranjar emprego.No entanto,só com o ensino fundamental completo, lamento dizer que o futuro dele será bem complicado no Japão.

  Por isso mesmo,todos os japoneses estudam bastante, mesmo que eles não queiram, pelo menos no último ano do ensino fundamental para conseguir entrarem nos colégios que eles desejam frequentar.

  Na hora de escolher colégio, o que se usa como critério é Hensachi (偏差値) ,  com qual mostra a nota intelectual do indivíduo baseado na sua nota comparando com as dos outros.


  Essa nota varia entre 25 e 75 na minha época. A melhor nota era de 75 e a pior nota era de 25. Então, quem tira nota média em todas as materiais recebe 50.

  Cada colégio tem sua nota, ou seja, sua classificação.Se a nota do colégio A for 70, quem quer entrar no colégio A precisará tirar 70 nas provas simuladas que serão realizados ao longo do último ano do ensino fundamental.

  No Japão há colegios públicos bons e colégios particulares ruins. E há colegios públicos ruins e colégios particulares bons.Não se importa se o colégio é público ou particular.

  Como eu te expliquei, cada colégio tem seu nível.

  Contudo, alunos podem escolher só um colégio público, cuja mensalidade se tornou gratuito há dois anos.para fazerem vestibular.Por isso mesmo, eles fazem mais algumas vestibulares dos outros colégios particulares para garantir uma vaga num colégio.

  Seja bom seja ruim,essa seleção dos alunos através do vestibular para entrar no colégio classifica todos os colégios no Japão.

  Em consequência disso,  por um lado, há só alunos estudiosos num colégio (進学校) que exige nota alta no vestibular, por outro lado, existe só alunos preguiçosos num colégio (教育困難校) que exige nota baixa no vestibular.

  Os alunos que frequentam colégio famoso pelo número dos formados ingressados na universidade Tóquio são admirados por todo mundo, enquanto os alunos que frequentam colégios famosos pela violência e maus comportamentos dos alunos são ridicularizados ou são assusutados pela cidadão.

  Você acha isso 区別 ( distinção ) ou 差別 ( discriminação )?

  Que seja, temos que admitir que há vantagens neste sistema.

  Quem entrou no colégio bom vai estudar bastante junto com outros colegas estudiosas com mais ou menos mesmo nível de inteligência, sem incomodação dos outros colegas que atrasavam aprendizagem como no ensino fundamental.


  Este sistema vai beneficiar os professores também, já que os professores dão aula para os alunos que têm mais ou menos mesmo nível de compreensão sobre matérias.

  É um sistema cruel.Porque os adolescentes vão ser classificados conforme suas notas nas provas. No entanto, tudo é culpa deles, pois foram eles mesmos que não estudaram bem na escola.

  Ah, tem outra vantagem neste sistema.

  Quem enfrentou este vestibular para ingresso no colégio fica bastante amadurecido.Este evento faz com que os jovens pensem sério sobre suas vidas e suas futura profissões, debatendo ao respeito tanto com o professor quanto com seus pais pela primeira vez na suas vidas.

  Não é simplesmente uma época quando os jovens japoneses estudam bastante.É muito mais do que um vestibular apesar de ser uma fase bem sufocante.
 
  Todavia, ultimamente a moda na área de educação no Japão é entrar numa escola 中高一貫校 que juntou 3 últimos anos do ensino fundamental e 3 anos de ensino médio, justificando que assim pode oferecer o ensino de qualidade para os alunos ao longo prazo, livrando estress do vestibular na hora de entrar no colégio.

Segue a figura na qual mostra o aumento deste gênero de escolas públicas.


  Eu não sou totalmente contra este novo sistema educacional.

  Só que quem quer entrar neste gênero de escola precisa fazer vestibular também. Ou seja, uma criança com 12 anos de idade precisa estudar bastante.


  Enfim, vai dar na mesma, ne? Só adiantou a época de sofrimento.

  Aliás, na minha opinião, uma criança de 12 anos deve brincar com amigos fora de casa!!Quem não brinca nessa idade não vai ser um adulto normal.

  E você?

  Você estuda no colégio púbulico ou no colégio particular?

  Está satisfeito com seu colégio?

  Você acha que precisa mudar o sistema educacional no Brasil?

  Você é favor do sistema educacional no Japão?

  ;)

Comentários
24 Comentários

24 comentários:

Stefani disse...

Eu acho que o Brasil precisa melhorar muito no quesito educação. Todos sabemos que a educação e a saúde estão defasadas. O que eu acho que falta são incentivos aos alunos. Vejo em muitas escolas estrangeiras que os alunos que vão bem durante o período escolar, conseguem recomendações para uma boa escola ou uma boa faculdade, o que não ocorre no Brasil. Sabe, seria bom se os alunos pensassem: "vou estudar agora para que no futuro meus professores reconheçam que me esforcei e me indiquem para a faculdade que quero estudar".
O reconhecimento dos professores também é de grande ajuda. Eu sei disso porque quando estudava, gostava muito quando recebia um elogio. Ganhava meu dia.
O que também falta no Brasil são atividades extras, como culinária, marcenaria, atividades que os alunos possam escolher. Eu não sei se no Japão eles tem essas atividades, mas também seria muito bom.
O fato é que a educação é a base de uma sociedade. Se a educação no Brasil fosse melhor, com certeza nossa vida pública seria melhor, com menos violência e mais pessoas qualificadas, fazendo com que diminuísse o número de pessoas que se tornam criminosas por não ter uma perspectiva de futuro.

Bom, é isso que eu acho. E eu também acho a sistema de ensino japonês muito bom, apesar de ser um pouco puxado. ^^

Roberta C disse...

Eu quando terminei o fundamental (1º grau naquela época) fiz testes de seleção para entrara nas escolas técnicas. Consegui uma boa nota e entrei numa instituição federal de ensino técnico que no Brasil são consideradas ótimas escolas e mais exigentes. Eu sou a favor desse método japonês, visto que seleciona quem tem vontade ou não de estudar. Dou aula e sei bem que uma turma com 5 pessoas muito desinteressadas já é suficiente para estragar a concentração dos demais alunos e do professor. Quando tu estás muito afim de entrar em alguma instituição boa, tu te esforças e por consequência o nível dos estudantes será mais alto depois. O Brasil deveria, ao meu ver, ter mais instituições que exijam testes de seleção para quem está realmente interessado em ter um alto nível de conhecimento (vide os colégios militares). Aliás, falta, infelizmente, muitas coisas ainda nesse país para a educação ser considerada sequer boa...

Mayara Pereira disse...

Eu estudo em escola pública, mas também já estudei em escola particular.De uma pra outra tem muita diferença né?!Eu particularmente acho muinha escola muito boa, os professores não são aqueles que ficam faltando muito, eles explicam muitoo bem.Eu estou bastante satisfeita com minha escola.Mas tirando minha escola, vendo as outras,o Brasil tem muito em melhorar o ensino por aqui, apesar que tem escolas de ensino médio que dão o curso integrado, com o ensino médio e o técnico(tem que fazer prova pra entrar)mas também tem vários outros lugares que dão só ensino técnico.Observando como é o método de ensino no Japão, lá tem seus pontos fortes, mas também, a sociedade exige muitos desses jovens, ensino é bom, muito bom, mas as vezes eu acho que a sociedade japonesa exagera um pouco, digamos assim, é muita pressão na cabeça deles, não é atoa que tem gente que se suicida.

Então é isso,sou estudante nível fundamental,tem escolas aqui no Brasil que são boas, mas é a minoria, e o ensino no Japão é maravilhoso, tirando essa pressão toda.

Bruno Rocha disse...

Olá Sr. Yukipoa

Com relação ao Brasil o problema mesmo é faze faculdade, pois boas faculdades tem vestibular difícil e a maioria que passa estudou em escola particular, ou seja, as publicas, que são a maioria, são muito ruins. Na minha cidade Belo Horizonte, a faculdade "TOP" é a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), seguida das particulares, entre elas se destacam PUC (Pontifica Universidade Católica) e Newton Paiva.

Como estudei a vida toda em escolas publicas, senti na pele como o vestibular das UFs e de boas particulares são difíceis e como a escola publica não ensina o suficiente. Para o senhor ter uma ideia, o problema é tão crítico, que grande parte da matéria dada nas provas nem eram ensinada nas escolas.

A vantagem de se morar no Brasil, é que não há um limite de idade para ingressas numa faculdade. Eu por exemplo, assim que terminei o ensino médio, fiz um curso extensivo de 1 ano. Foi muito bom. Esses cursos pré-vestibulares ensinam bem mais que as escolas publicas e privadas, somado também ao fato do interesse dos alunos ser maior.

Parece que também ocorre algo parecido nos EUA. Dependendo de uma prova, você vai para tal escola e daí para alguma universidade. Escolas ruins ensinam pouco e o aluno vai para uma universidade ruim, onde não tem tantos cursos bons.

O Japão é um país excelente e um povo carismático, mas algumas regras sociais as são severas de mais, parece que ainda é o Japão de antes da II Guerra. Deve ser esses costumes que fazem o Japão ter uma taxa tão alta de suicídio juvenil e de jovens adultos.

Anônimo disse...

Yukipoa ,vc sabia que aqui no Brasil existem escolas do médio que necessitam de vestibular para entrar ,infelizmente apenas poucas escolas com exemplo IFSP ( Instituto Federal de SP, alta colocaçao entre as escolas do Brasil) e a ETESP(escola técnica estadual de SP 5 melhor escola de SP) conseguem competir com as escolas de elite do Brasil.

Anônimo disse...

amo minha batian e ditian

gustavo disse...

Estudei ao todo em 4 escolas, tenho a boas recordações de 3 delas. Infelizmente o ensino no brasil ainda está carente, precisando melhorar em várias áreas. A esperança era o ensino superior que ainda tem qualidade, mas ultimamente com essa politica de cotas estavamo vendo o nosso ensino supior ruindo.

Esse método japonês é ótimo e deveria ser aplicado aqui também. Tipo para sair do primario para o ensino fundamental seria preciso fazer uma prova para entrar em determinada escola de ensino fundamental, para sair do ensino fundamental para o médio seria preciso outra prova e terminaria por fim com o vestibular para entra na faculdade.

Anônimo disse...

Eu moro em Brasília,e aqui existem muitas escolas militares que necessitam de um "vestibular" para você entrar e é uma escola pública,as provas são bem difíceis para quem depende do ensino público no fundamental.

Lux disse...

Uma outra possível vantagem nesse sistema, é que segregando os alunos dedicados e aplicados dos preguiçosos e desinteressados, é que poderia reduzir drasticamente o bullying, já como os que realmente estão interessados em estudar vão se focar somente nisso não irão perder tempo essas bobagens de pegar no pé dos outros, ou estou errado?

Haruka disse...

Olá,

Eu gostaria de tirar uma dúvida: Caso o aluno vá mal no ensino fundamental e, portanto, vá para uma escola não muito boa no ensino médio, ele ainda terá chance de aprender bem o conteúdo e acabar tirando uma nota boa no vestibular para faculdade?

Digo, mesmo para alunos com notas menores, os professores ensinarão todo conteúdo direitinho e estes alunos poderão vir a tirar notas boas no futuro se estudarem?

Se for assim, eu não tenho nada contra o sistema japonês. Só acho errada a mentalidade das crianças de estudarem muito no último ano para irem bem no vestibular. Acho que se você estudar direito durante todos os anos, não tem a necessidade de se stressar demais no último ano.

Yuki disse...

Obrigado pelo comentário,Lux!
Pode acontecer bullying em qualquer escola.
Só que a possibilidade de acontecer bullying é bem menor nas escolas que exigiam notas boas no vestibular.

Yuki disse...

Obrigado pelo comentário,Haruka.
Se você conseguir passar no vestibular do colégio particular do mesmo nível do colégio público que você quer frequentar,a reprovação no vestibular não faz tanta diferença para aluno na hora de fazer vestibular para universidade, já que as qualidades de ensino nos dois colégios são mais ou menos mesma coisas.
Basta estudar bastante.

Liziane disse...

Olá Yuki!

Eu como professora não concordo muito com esse sistema, por nem sempre os alunos que tem notas baixas são aqueles que não se esforçaram nos estudos. Sabemos que existem crianças que tem algum tipo de problema de aprendizagem o qu faz que essas crianças precisem de uma maior atenção da escola e dos pais. às vezes elas se esforçam tanto ou mais do que os outros, mas por causa desses problemas a assimilação do aprendizado é mais lenta. E não sei se no Japão isso é levado em conta. Por isso que eu acho que o sistema classificatório simplesmente por um ranking de notas é bem complicado. Por exemplo: eu sou professora de História. Não avalio meus alunos por questões de múltipla escolha, por que isso não os faz pensar. Esse sistema apenas faz com que ele tenha que escolher uma opção se ele não sabe, vai apenas "chutar" uma resposta qualquer. Mas se eu uso uma questão discursiva, na qual ele tenha que elaborar uma resposta escrita, isso vai me mostrar se ele está conseguindo, não só assimilar o conteúdo,mas também se ele tem senso crítico para avaliar o que foi perguntado. E isso,na minha área é essencial.
Apesar de tudo e gosto muito de algumas metodologias das escolas japonesas e gostaria de aplicá-las quando eu abrir uma escola.

Yuki disse...

Obrigado pelo comentário,Liziane!
Com certeza, fazer aluno pensar é coisa importante,pois é essa capacidade que precisa na hora de trabalhar no futuro.
Só que precisa memorizar certa quantidade de informações com quais aluno pode argumentar sua idéia.
Por isso, eu não sou nada contra essa questão de escolher opções.

Gika disse...

Oi Yuki!

Excelente post, novamente.
Essa é uma questão delicada, a educação.
Meu pai sempre teve uma visão de educação muito diferente da que ele recebeu e da que as escolas na minha cidade (que na época era Caxias do Sul) disponibilizavam.
Ele queria para mim e meu irmão uma escola que desenvolvesse todo o potencial do aluno, que estivesse realmente preocupada com o futuro; mas as escolas em Caxias eram, na maior parte, católicas e meio relapsas.
Por causa disso eu acabei mudando de escola 8 vezes (estudei em 7), o que foi em parte ruim (minha educação foi bem fragmentada) e em parte bom (tenho facilidade em me adaptar a novos ambientes rapidamente).
Apesar de concordar com o sistema japonês de educação (ao menos ele é bem melhor do que o brasileiro), não acredito que a nota escolar defina realmente o quão inteligente uma pessoa é ou deixa de ser, o que é um problema, pois hoje não são usados outros métodos além da nota.
Quem sabe um dia se crie um método mais eficaz de saber as capacidades das pessoas? Eu espero que isso aconteça logo. :)

Unknown disse...

Olá Yuki-san !

Eu sou totalmente a favor do método japonês, um ano atras fiz uma prova muito concorrida na minha cidade e com uma boa nota pude entrar em uma escola de ensino médio integrado com o ensino técnico. É uma escola que na minha cidade todos querem entrar, pois é a 4ª melhor do estado do RS(segundo o ENEM, o sistema do IFRS - Câmpus Rio Grande é como o das escolas japonesas para os melhores alunos. Eu aprovo esse sistema pois estudei muito para entrar para essa escola, e depois de toda a pressão da prova me sinto mais segura para fazer um vestibular para uma faculdade por exemplo. De fato é um sistema meio cruel, pois muitos bons alunos acabam não entrando para essas escolas por causa do nervosismo na hora da prova classificatória, mas isso é para os alunos aprenderem que vão ter que conviver com a pressão dentro da própria escola. Não acredito que tenha muita discriminação entre as escolas no Brasil, mas sim os alunos que estudam em uma escola Federal que só os melhores entram são melhores vistos pelos futuros empregadores,além do fato de você fazer um curso técnico(Automação Industrial no meu caso) juntamente ao técnico, ou seja, você já sai da escola com grandes chances no mercado de trabalho, é a mesma coisa com as faculdades particulares e federais.

Haruka disse...

Olá Liziane,

Devo discordar de você. Eu julgo que a classificação por nota é boa principalmente porque podemos ter uma noção das dificuldades de cada aluno: podemos, por exemplo, fazer turmas menores para aqueles alunos que obtiveram notas piores e tentar focar o ensino nas necessidades da turma.

Assim como as turmas dos alunos que obtiveram maior nota poderiam fluir no seu próprio ritmo (aquele em que os alunos estão acostumados) sem necessitar de interrupções para acompanhar alunos um pouco mais lentos.

Creio que essa segmentação só facilita para ambos os lados, pois podem ser feitas turmas que respeitem o ritmo de cada tipo de aluno...

Gui disse...

Um sistema muito efetivo para algo nem tanto. As falhas da instituição escolas não dependem continuam iguais em ambos os sistemas.

Anônimo disse...

Realmente acho muito interessante a educação no Japão. Se formos analisar a sociedade japonesa atingiu grande sucesso devido aos investimentos em educação.

Agora, vejamos o caso do Brasil aonde a presidente de república ao invés de melhorar a educação de nível básico e médio institui cotas de 50% para estudantes de escolas publicas. Se fosse isso por si só já seria bem absurdo, afinal que tipo de preconceito é esse com os pais dedicados que batalham para adquirir educação de qualidade, mas o pior é a frase: "Não podemos elitisar o acesso as universidades em nome da meritocracia.".

E o triste é que existem pessoas que defendem essa idéia. Se não é necessário mérito para acessar a educação de qualidade e gratuita, expliquem para mim meus anos perdidos estudando.

Valdenir disse...

Infelizmente no Brasil esse processo de querer "esconder" a realidade é prejudicial para a maioria da população de renda baixa e média. Como a justiça "complica" a entrada de menores de 18 anos no mercado de trabalho, e pela má qualidade do ensino público, muitos adolescentes não enxergam algo que é natural e milenar, ou seja, a concorrência.

Com a impossibilidade de trabalho antes dos 18, um ensino de má qualidade e juntando com um vício cultural brasileiro, o de q "a culpa não é minha", esse método de seleção, aos nossos olhos, é cruel e irracional, porém aos olhos de um país evoluído é apenas um modo de dizer aos jovens de que nada vem de graça, que tudo vai depender do esforço deles e que se no futuro eles não forem bem sucedidos, o culpado serão eles.

Por causa disso, apenas 14% dos jovens entre idade de 18 a 25 anos estão em alguma universidade (dados do Censo IBGE de 2010). As escola públicas não possuem projetos e nem professores capacitados a conscientizar um aluno sobre o vestibular ou Enem, e nem como é a vida acadêmica.

Eu cursei meu ensino fundamental em escola pública e procurei um emprego, sem carteira assinada pois era menor de idade, para poder pagar uma escola privada. E foi nela que eu soube como era a realidade, e o que deveria fazer se eu quisesse concorrer a algum emprego que futuramente me proporcionasse uma vida confortável. Logo no primeiro ano foi um choque pois percebi o gigantesco abismo existente entre o ensino público e o privado.

P.S. Eu generalizei, então de nada adianta dizer que sua cidade possui uma escola pública que faz o dever de casa e por isso se destaca das outras escolas, os dados do IBGE são concretos e provam que de, um modo geral, as escolas públicas estão num péssimo nível de educação.

Ray disse...

É um ótimo método pra fazer os alunos se esforçarem e se darem bem na vida. porém reforça o preconceito quando os outros que por algum outro motivo não consegue entrar em uma escola ou faculdade. Um aluno com uma nota melhor pode se sentir superior a aquele que tem uma nota inferior, o menosprezando. Nesse lado, por mais que o sistema educacional brasileiro seja muito ruim, ele dá oportunidade pra todos, não genelarilazando a pessoa dependente da escola que cursa.

Nakagawa disse...

Olá!Eu tenho quinze anos e moro no interior de SP,fiz um vestibular para um instituto técnico publico que também tem o colegial integrado para o curso de analises quimicas,é realmente muuito concorrido e haviam apenas 25 vagas para esse(que horror!) O ensino é realmente muito bom,já que os alunos que passam por essa prova geralmente sao de alto nivel,entretanto essa escola oferece duas formas de ingresso ,a primeira é para aqueles que fizeram o fundamental em uma escola da rede publica , moram a pelo menos quatro anos no municipio e que tiveram as melhores notas entre todas as escolas durante todo o fundamental(a prioridade das vagas é para quem vem desta forma preenchendo TODOS esses quesitos ) e o que sobra é para quem vem de fora(tem pessoas ate de outras cidades beeem distantes)e que estudaram em escolas particulares(o meu caso,apesar de eu ser residente daqui desde que nasci),mas apesar disso a quantidade de pessoas que desistem é ENORME!Eu até entendo estou no primeiro ano e nao é facil com quase vinte materias e materias tecnicas ao mesmo tempo,é uma loucura e muuuito puxado!Ainda por cima na minha cidade tem poucas escolas publicas para colegial,e as estaduais são,digamos HORRIVEIS tem mais greve do que aula(minha irma mais velha fez esse tipo de colegial e ela quase nao tinha aulas,um absurdo),mas não é por falta de opção as vezes é mesmo falta de empenho do aluno ja que aqui tem ETEC,SENAI e ITB(o que eu faço)e todas essas escolas são ótimas,mas enfim eu estudei desde a setima serie para entrar e acho muito justo essa forma de preenchimento de vagas,até porque dá uma chance de carreira para aqueles que nao estudaram em boas escolas até o momento!Na verdade parece até com a forma feita no Japão só que mais suave,né?Se todas as escolas fossem assim seria beeem melhor,mas parece que isso só funciona por aqui e as vezes nao funciona totalmente bem por causa dos escandalos que volta e meia os politicos se envolvem!

Saulo disse...

O sistema japonês parece ser melhor que o brasileiro, aqui no Brasil escolas públicas são consideradas ruins e particulares são consideradas melhores, já com as faculdades é o contrario.
Como as escolas são classificadas pela quantidade que se paga, alguns alunos inteligentes optam por estudar em escola pública e fazer cursinho(uma aula acelerada do ensino médio que dura +- 6 meses) em escolas particulares, o que sai muito mais barato e ajuda a ingressar em faculdades públicas pelas cotas.
O fato de todos na sala se esforçarem do mesmo tanto ajuda muito, aqui os alunos estudiosos que não fazem grupos para trabalho com alunos desleixados são acusados de discriminação.

Yasmin Magalhães disse...

Sorte deles, estudam das 08:30 ás 15:30..... Eu testudo da 8:10 ás 17:10!! com só 1 hora e 20 de descanso!
T_T (SESI; período integral).

Minha escola é bem rígida, e parece que tem gente que não dá valor, fala que vai sair da escola... Eu nunca sairia pois a escola tem equipamento e qualidade de ensino (pelo menos as novas que estão construindo) mas eles não dão valor e sujam tudo, carteiras armários tratam livros como lixo (ATENÇÃO eles custam 300 reais, e só podem ser comprados na escola, ou seja, se vc perdeu um, tem que comprar todos, se vc repetir de ano também, a media é 7, e tem muita gente que não passa O.o) O nosso feriadão é estudar no sábado pra repor a segunda ou sexta.... T.T

Mas eu ainda acho que nós mesmo deveríamos limpar a nossa bagunça, nisso sou totalmente pró do Japão.

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